Putin pede desculpas ao presidente do Azerbaijão pelo acidente aéreo que resultou na morte de 38 pessoas

Aqui está o texto reescrito com mais clareza e correções:


Putin pede desculpas ao presidente do Azerbaijão, mas nega responsabilidade pela queda do avião

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu desculpas neste sábado (28) ao presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, pela queda do avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines, que resultou na morte de 38 pessoas. A conversa entre os dois líderes ocorreu por telefone, mas Putin não assumiu a responsabilidade pelo incidente, apontando a culpa para os drones ucranianos.

De acordo com a agência russa Interfax, Putin expressou suas desculpas ao presidente do Azerbaijão devido ao fato de o acidente ter ocorrido no espaço aéreo russo. Durante a conversa, o líder russo reafirmou a versão fornecida pela autoridade de aviação civil russa, que informou na sexta-feira (27) que o avião estava tentando pousar em Grozny, capital da Chechênia, quando foi atingido por um ataque de drones ucranianos, o que resultou na queda da aeronave no Cazaquistão.

O voo J2-8243 havia partido de Baku, no Azerbaijão, com destino a Grozny. A aeronave foi forçada a realizar um pouso de emergência próximo à cidade de Aktau, no Cazaquistão, onde 38 pessoas perderam a vida e 29 ficaram feridas.

Versões contraditórias sobre a causa do acidente

A queda do avião gerou versões conflitantes entre os países envolvidos. Pelo menos quatro nações estão investigando o caso: Rússia, Azerbaijão, Cazaquistão e Ucrânia.

O voo transportava 62 passageiros e 5 membros da tripulação, com cidadãos do Azerbaijão, Cazaquistão, Rússia e Quirguistão a bordo. De acordo com fontes dos Estados Unidos, “indicações preliminares” sugerem que o avião pode ter sido derrubado por um sistema de defesa russo. Investigações iniciais indicam que a aeronave foi atingida por um sistema de defesa aérea russo Pantsir-S, e o GPS do avião também foi desativado por sistemas de guerra eletrônica na aproximação de Grozny, segundo fontes citadas pela Reuters.

Essas fontes ainda indicaram que o ataque ao avião não foi intencional, e os militares russos inicialmente acreditaram que se tratava de drones ucranianos. Autoridades da Rússia, do Cazaquistão e do Azerbaijão confirmaram que estão investigando o acidente.

Azerbaijão

Quatro membros da investigação azerbaijana afirmaram à Reuters que um sistema de defesa russo disparou contra o avião. Relatos também indicam que drones ucranianos estavam sobrevoando a região na hora do incidente, próximo ao sul da Rússia. A Azerbaijan Airlines, por sua vez, declarou que a queda do avião foi causada por “interferência externa e técnica”, de acordo com a investigação preliminar da empresa. Em decorrência do incidente, a companhia suspendeu os voos do Azerbaijão para oito cidades russas, alegando “potenciais riscos de segurança”, em decisão tomada em conjunto com a Autoridade de Aviação Civil do Azerbaijão.

Estados Unidos

Os Estados Unidos também apontaram a possibilidade de que o avião tenha sido derrubado por um sistema de defesa aérea russo. O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, declarou que “indícios iniciais” sugerem essa hipótese. A Casa Branca ofereceu ajuda para a investigação, que está sendo conduzida pelo Cazaquistão e pelo Azerbaijão. “Estamos acompanhando a investigação e, caso necessário, ofereceremos nossa assistência”, disse Kirby.

Cazaquistão

O chefe do Parlamento do Cazaquistão, Maulen Ashimbayev, afirmou que as causas da queda do avião ainda não são conhecidas, mas garantiu que nenhum dos três países envolvidos (Rússia, Cazaquistão e Azerbaijão) ocultará informações. “Nenhum desses países está interessado em esconder fatos. Todas as informações serão disponibilizadas ao público”, afirmou Ashimbayev. O vice-primeiro-ministro do Cazaquistão, por sua vez, não confirmou nem negou a possibilidade de um míssil russo ter sido a causa do acidente.

Rússia

No dia do acidente, as autoridades russas inicialmente informaram que o avião havia colidido com pássaros ou que o incidente havia sido causado por neblina intensa. No entanto, na sexta-feira (27), o responsável pela aviação civil russa afirmou que o avião estava sendo atacado por drones ucranianos enquanto tentava aterrissar em Grozny. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que a Rússia se absterá de fazer qualquer avaliação até que a investigação seja concluída. “A investigação está em andamento e, até que as conclusões sejam divulgadas, não nos consideramos em posição de fazer qualquer comentário definitivo”, afirmou Peskov.

Investigações preliminares indicam que o sistema de defesa aéreo russo pode ter confundido o avião com um drone. Putin admitiu a Aliyev que o sistema de defesa estava ativo no momento do incidente, mas alegou que foi acionado para tentar abater drones ucranianos que estavam atacando a aeronave. Imagens divulgadas nesta sexta-feira mostram buracos na fuselagem do avião.

Ucrânia

A Ucrânia ainda não se pronunciou oficialmente sobre o acidente. Contudo, Andriy Kovalenko, oficial ucraniano e chefe do Centro de Combate à Desinformação do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, culpou a Rússia pela queda do avião. Kovalenko afirmou, em uma publicação nas redes sociais, que o avião foi derrubado por um sistema de defesa aérea russo. Ele acusou a Rússia de não ter fechado o espaço aéreo sobre Grozny, e afirmou que o avião foi danificado por forças russas antes de ser desviado para o Cazaquistão em vez de realizar um pouso de emergência em Grozny, o que poderia ter salvado vidas.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também comentou sobre o acidente, dizendo que conversou com o presidente do Azerbaijão e pediu que a Rússia fornecesse uma explicação detalhada sobre o ocorrido.


Weekend Top

“Genoma Brasileiro: Tudo o que Você Precisa Saber Sobre o Projeto Gen-t do Brasil”

O objetivo deste projeto é conhecer as variações genéticas presentes na população brasileira e identificar aquelas associadas a diferentes características da saúde. Com isso, os pesquisadores querem tornar o diagnóstico de diferentes doenças mais preciso e os tratamentos mais eficientes.

O recrutamento começou em janeiro de 2023 e o projeto já conta com quase 10 mil voluntários de todas as regiões do país. A meta é chegar em 200 mil participantes.

Ao longo de cinco anos, os cientistas vão acompanhar a saúde de todos os voluntários. Brasileiros com 18 anos ou mais podem participar.

De cicatrização a queda de cabelo: entenda para que serve a laserterapia e quando ela é indicada

O laser de baixa intensidade é uma ferramenta importante utilizada por profissionais de saúde no dia a dia. Ele é geralmente indolor e não requer preparo ou o uso de analgésicos.

A laserterapia é um tratamento que, entre outros benefícios, pode:

  • reduzir a inflamação,
  • ajudar na cicatrização de feridas,
  • ajudar na cicatrização de queimaduras;
  • atuar no rejuvenescimento da pele;
  • atenuar marcas de acne;
  • aliviar a dor crônica;
  • melhorar a queda de cabelo.
  • O laser se diferencia em baixa intensidade ou baixa energia, ou alta intensidade ou alta energia. Quando você quer fazer um processo destrutivo, renovador, você usa um laser de alta energia. Quando você quer fazer um processo reparador, a gente chama de bioestimulador, nós usamos os laser de baixa energia”
    Segundo ele, o laser de baixa intensidade pode ser aplicado por diferentes especialistas: médicos dermatologistas, cirurgiões plásticos, dentistas e fisioterapeutas, por exemplo.
  • A laserterapia de baixa energia deve ser usada em áreas de reparação, quando o paciente quer recuperar uma área agredida, como, por exemplo, em feridas causas por acidentes.
  • “O laser ajuda a fazer uma cicatrização mais rápida, mais eficaz e ajuda, também, a trabalhar todo o processo bacteriano dessa cicatrização, evitando uma infecção no local, que pode prejudicar o processo de cicatrização e pode deixar cicatrizes feias.”o laser de baixa intensidade é uma ferramenta importante que profissionais de saúde têm no dia a dia e que é comumente indolor, sem precisar de preparo ou analgésico. Porém, são necessárias várias sessões para que o efeito seja percebido.
  • Imagem ilustrativa mostra o tratamento com laserterapia em uma pessoa — Foto: Divulgação/Prefeitura de Santos



❗ Em todo caso, vale uma recomendação: cheque as qualificações do profissional que fará o procedimento, procure ambientes seguros e com equipamentos adequados.

😊 Estética

A laserterapia também pode ser usada para questões estéticas, quando a cicatrização do corte ou trauma não fica tão legal.

“A laseterapia tem um mecanismo de ação de remodelamento do tecido. Esse remodelação reajusta as fibras de colágeno e elásticas e dá uma sequência. Quando você tem uma cicatriz, você tem uma desorganização dessas fibras, por isso elas ficam feias. Quando você faz o laser, e logo no início, você mantém essas fibras mais organizadas.”

Em geral, a laserterapia não costuma ter contraindicação, mas o paciente também precisa tomar os cuidados depois do processo, principalmente em casa, cuidando e higienizando corretamente a área que precisa ser cicatrizada.

Outro uso recomendado para a laserterapia é o tratamento de problemas relacionados à queda de cabelo.

“Na época da Covid, a queixa de queda de cabelo foi absurda. A gente chamava de eflúvio telógeno. No início, a gente achava que a Covid atuava na fase do cabelo. Depois, com os estudos a gente viu que a covid atuava na microcirculação do organismo inteiro. E o que que tem ali alimentando aquele cabelo? É uma microcirculação que leva nutrientes, oxigenação ao cabelo.”

“A laserterapia atuou muito bem nessa parte, porque ela fez uma estimulação de novo daquela circulação, fazendo com que aquela área voltasse a ter oxigenação, nutriente e atuou muito bem nisso

Dez armadilhas no tratamento do Parkinson

No GeriatRio 2024, a neurologista Camila Pupe comparou a doença a um iceberg: ‘Há os sintomas mais facilmente percebidos, mas o paciente enfrenta muitos outros sem que as pessoas se deem conta’.

A Doença de Parkinson, por exemplo, é a segunda enfermidade neurodegenerativa mais comum, o que explicou o salão lotado para ouvir a neurologista Camila Pupe, professora adjunta de neurologia da Universidade Federal Fluminense (UFF).

A Doença de Parkinson é como um iceberg: há os sintomas mais facilmente percebidos, os sintomas motores, mas o paciente enfrenta muitos outros, não motores, sem que as pessoas se deem conta”, afirmou.

A neurologista lembrou que o Parkinson é multifatorial, ou seja, embora seja mais comum em indivíduos acima dos 60 anos, há também fatores genéticos e ambientais que concorrem para o surgimento da doença. Os sintomas motores das fases iniciais são conhecidos: tremor em uma das mãos; bradicinesia (lentidão dos movimentos voluntários e automáticos), o que dificulta a execução de tarefas diárias, como caminhar, se vestir, escrever; rigidez; e distúrbios da marcha, aumentando o risco de quedas.

No entanto, há os chamados sintomas prodrômicos, que ocorrem antes do aparecimento dos sintomas específicos, como constipação, hiposmia (perda de olfato), ansiedade e depressão. De uma forma bem didática, a professora Camila Pupe listou dez armadilhas que devem ser evitadas pelos médicos que cuidam desses pacientes. E eu acrescento: as orientações valem para os doentes e suas famílias!

  1. Negligenciar os sintomas não motores, como dor, distúrbios do sono e gastrointestinais, disfunção sexual, hiposmia, ageusia (perda das funções gustativas do paladar), alterações de humor, comportamentos impulsivos, sinais de declínio cognitivo, como dificuldade de avaliação ou julgamento, entre outros.
  2. Retardar o início do tratamento com levodopa, substância que melhora os sintomas e traz mais qualidade de vida. “Quando se inicia tardiamente o uso da levodopa, o nível de incapacidade é maior do que o dos pacientes que começaram precocemente, embora não modifique a história natural da doença”, explicou.
  3. Não zelar pela aderência terapêutica, que é fundamental. O médico tem que estar atento para motivar o paciente a seguir o tratamento.
  4. Tratar todos os pacientes da mesma maneira. A abordagem deve ser personalizada, levando em conta as características da pessoa, como idade, comorbidades, estilo de vida, personalidade e preferências.
  5. Restringir-se à monoterapia, isto é, valer-se de apenas um medicamento ou procedimento. Existem outras classes de drogas disponíveis que podem atuar positivamente no tratamento.
  6. Não considerar tratamentos não farmacológicos, adjuvantes e multidisciplinares. A fonoaudiologia, por exemplo, vai melhorar a fala e a deglutição, mas também são da maior importância os exercícios físicos, que contribuem para retardar a progressão da doença, e o acompanhamento de um nutricionista.
  7. Deixar de lado a psicoeducação, porque é valiosa a conscientização do paciente sobre fatores de risco modificáveis – sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool são alguns deles.
  8. Subestimar o impacto dos efeitos colaterais das medicações.
  9. Não adaptar o tratamento conforme a progressão da enfermidade, porque vão ocorrendo mudanças em relação ao nível de absorção e duração dos medicamentos.
  10. Não levar em conta a qualidade de vida e a funcionalidade do paciente.

Água pode mesmo aliviar ou prevenir ressaca

Entenda se beber líquidos ajuda ou não a evitar o mal estar após o consumo de bebidas alcoólicas e por que isso acontece

Famosa por provocar aquela sensação de mal-estar no dia seguinte ao consumo excessivo de bebidas alcoólicas, a ressaca se caracteriza por diversos sintomas desagradáveis. Para tentar aliviar ou até mesmo evitar seus efeitos, muitos recorrem a um velho conselho: “beba água para evitar a ressaca”.
Mas será que ele realmente funciona? Entenda a seguir. 

Por que a ressaca acontece?

Embora seja uma droga socialmente e legalmente aceita, o álcool traz uma série de prejuízos ao corpo, além dos desconfortos como a ressaca

Como explica o nutrólogo Vinícius Sampaio, a ressaca consiste em um conjunto de sintomas mentais e físicos provocados pelo consumo excessivo de bebidas alcoólicas. 

Isso acontece, de acordo com o especialista, porque o álcool, quando metabolizado pelo organismo humano, é transformado em um produto chamado acetilaldeido.

“Essa substância é mais tóxica que o etanol e leva horas para ser metabolizada”, explica o nutrólogo. Com essa intoxicação, seus efeitos são diversos, como dor de cabeça, náusea, hipoglicemia, tremores, fadiga e mal-estar.

O grau de intensidade e duração desses sintomas varia conforme o organismo e a quantidade de álcool ingerida.

Beber água ajuda a aliviar ou prevenir a ressaca?

Como citado anteriormente, o conselho para se manter hidratado durante o consumo de álcool é frequentemente oferecido e acatado com objetivo de que os efeitos da ressaca sejam amenizados ou até mesmo prevenidos. Entretanto, beber água não ajuda a prevenir a ressaca. 

Segundo estudo publicado na revista Alcohol, que revisou 13 trabalhos sobrea relação entre a ressaca e a desidratação, o que se observou é que, embora a ressaca e a desidratação ocorram em paralelo, uma não é a causa da outra. 

Isso significa que beber água não é uma estratégia eficaz para aliviar ou evitar os efeitos da ressaca – mas, sim, da desidratação

Como lembra Sampaio, o álcool tem efeito diurético no corpo. De acordo com o Ministério da Saúde, isso acontece porque o álcool bloqueia o funcionamento do hormônio antidiurético (ADH), responsável por fazer os rins conservarem água e a urina não ser muito diluída. 

Nesse sentido, beber água é recomendado para amenizar os efeitos da desidratação. “Consumir líquidos antes, durante e depois evita e ameniza o desequilíbrio eletrolítico”, diz o nutricionista Guilherme Bacelar. 

Em entrevista ao Ministério da Saúde, o professor Ricardo Lima, da Universidade de Brasília, recomenda que a quantidade consumida de água seja a mesma da de álcool.

Como prevenir a ressaca?

Uma vez que a água não se mostra como uma aliada para evitar a ressaca, vale buscar outras estratégias que cumpram essa função. É neste momento que a alimentação ganha destaque.

De acordo com Sampaio e Bacelar, é essencial dar preferência a alimentos leves e evitar o consumo de frituras e gorduras. 

“Eles podem dificultar a digestão e agravar a ressaca”, diz o nutricionista, que aponta o arroz, as massas integrais e os frutos do mar como alguns exemplos de comidas para se evitar.

Por fim, Sampaio reforça que não existe dose segura para o consumo de álcool. “A mínima dose pode causar intoxicação.”